Quando eu transferi minha faculdade de Uberaba para a capital Belo Horizonte em 2003 a minha maior preocupação seria atrasar em 6 meses o tempo para a minha formatura.
Foram 6 meses a mais e na minha inexperiente mente eu acreditava que isso poderia definir minha vida de alguma forma.
Passado o tempo tudo se ajeitou e eu disse: “tá vendo que deu tempo vida” .
Em muitas outras oportunidades ao longo desses anos eu cheguei a esta mesma conclusão.
A última foi quando aos 35 eu me julgava velha e precisava engravidar logo, vai saber se tenho tempo, né?
E assim foi feito, Lia está aí e mais uma vez eu disse: tá vendo que deu tempo, vida?
E agora esse confinamento!
A primeira coisa em que pensei foi no TEMPO, se vai dar tempo para cumprir a agenda, o programado, o objetivo, se vai dar tempo de viver…
De quanto tempo estamos falando?
Fato é que o tempo ganhou um novo significado para mim, o vírus e a experiência me mostraram isso.
Faltam quantos dias, quantas semanas ou meses para isso terminar?
Isso já não importa mais.
“Tô” com a certeza de que lá na frente “estarei eu” dizendo:
Tá vendo que deu tempo de novo, vida?
ps: foto aos 23 anos, época em que já me encontrava “velha” para atrasar a formatura 😂😅🙄
🤦🏻♀️ Gratidão